terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Charge - Por: Erasmo



Fonte: Charge Online

Aborto - Por que matar um filho e não o outro?

- "Doutor, o senhor terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo. Não tenho condições de criar ambos”.

E então o médico perguntou: "E o que a senhora quer que eu faça?"
A mulher, já esperançosa, respondeu: "Desejo interromper esta gravidez e conto com a ajuda do senhor".

O médico então pensou um pouco e depois disse a mulher:
- "Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora".
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

E então ele completou:
- "Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se o caso é matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco."

A mulher reagiu indignada: - "Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime!".

Depois de refletir, a mãe mudou de idéia. O médico viu que a sua lição surtira efeito. Ele persuadiu a mãe que não há diferença entre matar a criança já nascida e matar uma criança ainda por nascer, mas viva no seio materno. O crime é o mesmo, e o pecado, diante de Deus, também é o mesmo.

autor desconhecido

Interesse comercial destrói prédio histórico de Barbalha

O prédio construído entre os 30 e 40, além de haver servido de residência do administrador da Estação Ferroviária, serviu também de residência para os juizes que eram nomeados para a Comarca de Barbal

Um fato, que já não pode ser encarado comum desde que Barbalha, com seu sítio histórico, passou a integrar o PAC das Cidades Históricas do Brasil pelo Patrimônio Histórico Nacional, foi verificado neste final de semana, no cruzamento das ruas Santos Dumont e Princesa Isabel, proximidade da Praça Engenheiro Dória: a antiga casa do administrador da Estação Ferroviária, pertencente à extinta Rede Viação Cearense (RVC) fora quase que completamente demolido, para satisfazer interesses comerciais.

O trabalho de demolição começou logo nas primeiras horas do dia deste domingo (10), evitando o incômodo da Justiça e da secretaria municipal competente, que devem impedir esse tipo de transgressão aos imóveis que integram as áreas tombadas. A ação perversa fez que a Secretaria de Infraestrutura e Obras, através do secretário adjunto, Roberto Grangeiro passasse a tomar as providências no sentido de que os responsáveis pelo crime sejam punidos dentro do rigor da lei, que trata dos prédios e monumentos tombados ao Patrimônio Histórico Município.

O prédio construído entre os anos 30 e 40, além de haver servido de residência do administrador da Estação Ferroviária, serviu também de residência dos juízes que eram nomeados para a Comarca de Barbalha e lá funcionou também o Cartório do 1º Ofício. O professor e historiador Josiêr Ferreira, diretor do Centro Pró Memória de Barbalha, ao ver as imagens da destruição ficou indignado e passou a pedir providências da parte do Departamento do Patrimônio Histórico, ligado à Secretaria de Cultura e Turismo do Município.

Na manhã desta segunda-feira (11), a reportagem conversou com o diretor do DPH, Teófilo Ebert Costa Sampaio, o qual informou que o prédio não está incluído entre os que foram tombados no município. Entretanto, o prédio da Estação Ferroviária, que faz parte do mesmo conjunto de imóveis pertencente à antiga Rede Viação Cearense (RVC) está inserido na relação de prédios tombados. De acordo com Teófilço Ebert todo o patrimônio da RFFSA está sob a tutela do IPHAN, o Departamento de Patrimônio Histórico do município por sua vez enviará um relatório do ocorrido em Barbalha, para o órgão adote os procedimentos necessários.

Há evidências de que o prédio foi comprado por um empresário estabelecido na cidade e deixa claro que a demolição do imóvel visava a interesses comerciais, uma vez que o dito empresário é proprietário de lojas do ramo de calçados instaladas no município. O caso repercute na cidade e há um clima de revolta por parte de historiadores, arquitetos e sociedade barbalhense.

Acerca desse episódio brutal, o mínimo que a Prefeitura deveria fazer seria exigir do agressor a reparação do dano, obrigando, a partir da planta originária do prédio, reconstruir toda a área deformada. Cabe ainda ao órgão responsável pelo patrimônio tombado, fixar placas nos imóveis, dando conta do tombamento e alertando sobre as sanções aplicadas a quem os agride.

Saiba Mais - Tombamento - Tombar, além do significado usual que conhecemos, também significa “registrar em livro tombo”, um livro de caráter oficial no qual são anotados os bens de interesse para preservação, de modo a não sofrerem mutilações, demolições ou reformas que alterem as suas características originais. Um bem tombado adquire uma importância social e cultural, pois sua existência e sua conservação passam a ser de interesse público.

Tombar um bem não significa “derrubar” ou “colocar no chão”. Ao contrário, tombar significa preservar, manter. O termo “bem”, no caso de tombamentos, refere-se a objeto de interesse a preservar, podendo ser móvel (quadros, peças de mobiliário, vasos antigos, enfim, algo que possa ser transferido de local) ou imóvel (casas, teatros, escolas, monumentos, túmulos, paisagens naturais).

O tombamento pode se dar em nível federal, estadual ou municipal, e requer a adoção de uma série de providências pelo Poder Público competente, através da aplicação de normas específicas, estabelecidas por lei em qualquer uma das esferas de governo. O ato do tombamento encontra amparo na Constituição Federal, impondo-se aos proprietários dos bens a responsabilidade pela sua preservação.

História - Os trens estabeleceram os caminhos do progresso cearense,provocaram mudanças na sociedade e criaram uma nova paisagem .A asa do guarda-chefe, o prédio da estação, as casas dos funcionários no antigo Campo Florestal faziam os barbalhense mergulharem na memória, remexerem o baú do transporte ferroviário na cidade e revelavam uma história feita de desafios,sonhos,construções que o tempo se encarregaria de fornecer valor histórico.

A Rede de Viação Cearense (RVC) foi a empresa ferroviária que fundiu Estrada de Ferro de Batiruité e Estrada de Ferro de Sobral e com planos de expandir a rede por todo estado do Ceará. Teve arrendada à South American Railway desde 1909, e em 1915 passou para administração federal. Em 1957 passou a ser uma das subsidiárias da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e em 1975 foi abosrvida.


Por: Josélio Araújo
Radio Cetama / Barbalha em Foco
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