segunda-feira, 27 de abril de 2009

Estrada Caldas / Arajara será asfaltada e os dois distritos terão corredor turístico


Foto :- CE-BARBALHA/CALDAS

Já saiu o resultado da licitação para a pavimentação asfaltica da estrada que liga o Distrito de Caldas ao Distrito de Arajara. A construtora vencedora da licitação foi a Coral, com um orçamento de mais de três milhões e setecentos mil reais. Segundo o Secretário do Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, estão sendo tomadas agora as providências necessárias para que o Governador Cid Gomes venha dar a ordem de serviço. Essa estrada liga o circuito turístico de Barbalha à região do Cariri e o seu asfaltamento permitirá o desenvolvimento do turismo, principalmente do Distrito de Caldas, que é uma região de grande potencial, localizado na Floresta Nacional do Araripe. A reforma da estrada vai beneficiar e facilitar aos agricultores a escoação dos produtos agrícolas para comercialização na região. Já existe um projeto para a urbanização da vila do Caldas que, segundo Camilo Santana, é um compromisso assumido com Barbalha. 


A estrada Barbalha/Caldas também será feito um novo recapeamento asfáltico até o início do próximo ano. Assim como a estrada que liga Barbalha ao Distrito de Arajara, que também recebeu a ordem de serviço para a construção da ponte na altura do Sítio Brito, a estrada Barbalha/Caldas vai recuperada até Arajara.

Foto: A CE – 293 LIGA BARBALHA/ARAJÁRA/CRATO

Fonte: Prefeitura de Barbalha - Acessoria de Imprensa

Topiqueiros interditam CE-060

Os manifestantes bloquearam as duas pistas da rodovia com pneus, aos quais atearam fogo.


Um protesto contra a situação do asfalto, fechou nesta segunda-feira (27), nos dois sentidos, durante cerca de três horas,a Rodovia CE-060, que liga as cidades de Barbalha e Jardim, no trecho que dá acesso ao Balneário do Caldas. A manifestação, organizada por topiqueiros, provocou engarrafamento. Os manifestantes bloquearam as duas pistas da rodovia com pneus, aos quais atearam fogo.

   
A rodovia que começa em Barbalha dá acesso também ao Estado de Pernambuco e foi construída a cerca de 30 anos, durante o governo do coronel Adauto Bezerra de Menezes. A estrada está toda esburacada e o asfalto praticamente não existe. Os carros andam mais por fora do que pelo leito da pista. Os manifestantes exigiam a presença de autoridades das cidades de Barbalha e Jardim. 


Apenas o prefeito de Barbalha, Zé Leite, informou à imprensa que semana passada estivera na sede do DER e teria recebido a garantia por parte do diretor do órgão de que os recursos para o recapeamento da estrada já estariam alocados e que os serviços devem começar em agosto. O protesto deixou revoltadas as pessoas impedidas de seguir viagem. 


A maioria das pessoas viria fazer compras, estudar, trabalhar e procurar atendimento nos hospitais de Barbalha e sugeriam que os manifestantes protestassem em outro lugar. Os motoristas que ficaram retidos na rodovia tentaram iniciar uma mobilização para desobstruir a pista e houve bate-boca, porém sem maiores complicações.

Por: Josélio Araújo

Brasil - Lula diz que Dilma está bem e continua sendo sua candidata

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, continuará em Manaus, hoje (27). Ela irá tratar das obras que estão sendo feitas no Amazonas, com recursos do governo federal, com os prefeitos dos municípios amazonenses. Com relação à sucessão presidencial, Lula reafirmou: “Ela é a minha candidata, mas eu não sou o partido [o PT]”.

Sobre o estado de saúde da ministra, o presidente mostrou-se otimista. “Na verdade, a Dilma não tem mais nada, segundo os médicos, e agora precisa fazer o tratamento para que não volte mais a ter a doença. Penso que ela está se comportando profissionalmente do mesmo jeito, e não tem porque fraquejar. Espero não vê-la faltar ao trabalho”.

Segundo o presidente a prioridade da ministra é cuidar da sua saúde e, em segundo lugar, trabalhar, até para superar a doença.

A ministra Dilma Rousseff reafirmou que não apresenta sintoma nenhum da doença, mas que já começou a tomar remédios e, em breve, se submeterá à quimioterapia, mas não precisou quando. “Do ponto de vista médico, a doença foi curada. Agora, vou fazer o tratamento médico recomendado”, disse a ministra.

Amanda Mota 
Repórter da Agência Brasil

 

Fonte: Agência Brasil

Brasil vai ter bibliotecas públicas em todos os municípios até julho

O Ministério da Cultura estabeleceu julho como prazo para cumprir a meta de ter pelo menos uma biblioteca em cada um dos 5.562 municípios brasileiros. Atualmente, 331 cidade do país ainda não têm qualquer tipo de biblioteca, seja municipal ou em escolas públicas. Para o coordenador de Articulação Federativa do Programa Mais Cultura, Fabiano dos Santos, o marco é importante, mas também é preciso olhar para as condições desses espaços.

“Zerar o número de municípios sem biblioteca no Brasil é uma dívida social centenária que temos com a sociedade brasileira. É fundamental que o país consiga alcançar essa meta, mas é preciso criar uma rede articulada para que essas bibliotecas se tornem um espaço de formação de leitura”, disse Santos, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, nos meses de maio e junho será feita a entrega dos últimos kits para os municípios, com um acervo de 2,5 mil livros, equipamentos eletrônicos e mobiliário. A data para inauguração desses espaços está marcada para 25 de julho, quando será promovido pelo ministério o Dia D da Leitura em todo o país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a uma dessas localidades para a inauguração de uma biblioteca. 

Para o pesquisador do Instituto Pró-Livro, Galeno Amorim, a notícia deve ser comemorada. “A biblioteca tem um papel extraordinário no desenvolvimento e na formação de leitores. Não existe um único país do mundo que tenha conseguido chegar à condição de desenvolvido sem ter antes resolvido o seu problema de acesso à educação e aos livros”, aponta. Mas ele lembra que é fundamental criar estratégias nacionais para que as bibliotecas funcionem de maneira adequada.

Além de implantar a biblioteca em locais em que ela não existe, Santos conta que o ministério está modernizando outros equipamentos em 400 municípios. De acordo com Galeno, o país tem hoje 6 mil bibliotecas municipais e 60 mil escolares, além das comunitárias. Mas muitas delas estão em situação precária, o que acaba afastando o leitor em potencial. 

“Apenas um em cada 10 brasileiros vai com freqüência a um biblioteca. Quando o leitor vai uma, duas, três vezes à biblioteca e não encontra o livro, ele começa a se desinteressar. Eles acham que de alguma maneira podem estar perdendo tempo e se afastam da biblioteca”, explica. Uma das principais estratégias para atrair o público é garantir um horário de funcionamento da biblioteca para além do expediente comercial e, além disso, garantir que haja profissionais habilitados trabalhando nesses espaços, além de acervos periodicamente atualizados.

Para receber um kit biblioteca do Ministério da Cultura, a prefeitura precisa criar a biblioteca por lei, estabelecer dotação orçamentária e quadro funcional para a manutenção do espaço, além de prever uma programação cultural para o local. “O que está por trás disso tudo é um conceito de biblioteca como centro de produção e difusão da arte e da cultura, como espaço dinâmico e interativo, não apenas de ser um depósito de livros, mas um espaço de acesso aos bens culturais e formação de leitura”, explica Santos.

A maioria dos pouco mais de 300 municípios que ainda não têm biblioteca são da Região Norte e Nordeste. Mas, segundo Santos, é possível que o número seja maior. “Isso porque os sistemas nacionais e estaduais de bibliotecas, utilizados para fazer esse levantamento, apontam que em um local há uma biblioteca, mas ela pode ter sido fechada”, diz. De acordo com o coordenador, o ministério está fazendo uma pesquisa in loco para checar o funcionamento desses espaços. 

Santos conta, ainda, que em alguns municípios a prefeitura diz não ter interesse em receber uma biblioteca. “Como eles têm que ter o espaço, além de criar a biblioteca, alguns prefeitos têm resistência. Eles não consideram que seja um equipamento importante para a cidade”, diz. Ele pede aos moradores de cidades sem biblioteca que entrem em contato com o ministério para informar a situação. Um link no site do ministério permite o acesso a um formulário para que o problema seja comunicado. 

Galeno Amorim, do Instituto Pró-Livro, sugere que, nesses casos, a sociedade pressione as autoridades locais para exigir o que é um direito, o acesso à cultura.

Por: Agência Brasil

Universitários aquecem mercado imobiliário


Não somente os romeiros se sentem atraídos para Juazeiro. Agora, um novo público procura a cidade

Oferta de imóveis é constante em Juazeiro, com a demanda crescente do público universitário (Foto: Elizângela Santos)

Juazeiro do Norte. Uma cidade que, aos poucos, vem se ajustando a um novo perfil. Com o crescimento da demanda acadêmica e com a chegada, em pouco menos de uma década, de cursos universitários públicos e particulares, Juazeiro começa a acordar para a realidade. Só que ainda precisa se preparar melhor para de adaptar à demanda de um público que, a cada dia, aumenta procurando imóveis para residir. Com isso, cresce junto a especulação imobiliária. São casas, apartamentos e terrenos que têm seus preços majorados em determinadas áreas do município, de forma assustadora.


A especulação imobiliária torna-se evidente, com um aumento de preços em áreas que antes não despertavam tanto o interesse de construtores. É o caso do bairro Planalto e alguns terrenos do bairro Lagoa Seca, um dos mais valorizados da cidade, que hoje assume um novo perfil. Nas proximidades do Campus da Universidade Federal do Ceará (UFC - Cariri), estão também a Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ), particular, o Instituto Médico Legal (IML), entre outros cursos. Na área, terrenos que há pouco mais de dois anos custavam em torno de R$ 3,00 o metro quadrado, hoje custam R$ 70,00, aproximadamente, o mesmo espaço.

Público crescente

Mais cinco cursos estão sendo previstos pela UFC para serem instalados em 2010. Uma demanda que cresce a cada dia. Hoje Juazeiro comporta cerca de 50 cursos. A Faculdade Leão Sampaio hoje está com 10. Atende a um público de 10 mil alunos, sendo classificada como a terceira universidade particular do Estado. Na última sexta, recebeu em São Paulo o prêmio Destaque Nacional no Ensino Universitário, concedido pela Ordem dos Parlamentares do Brasil.

Segundo o diretor da Faculdade Leão Sampaio, Jaime Romeiro de Sousa, 60% dos alunos da instituição moram fora do eixo Crato, Juazeiro e Barbalha, conhecido como triângulo Crajubar. Cerca de 75% dos professores, ou seja, cerca de 150 de um quadro de 200 docentes são de fora. “Nos grandes condomínios do Cariri estão morando os meus coordenadores e professores”, ressalta. Esse, com certeza, é um dos grandes filões em Juazeiro do Norte e no Cariri, que está alavancando a construção civil no Cariri, que vive um dos seus melhores momentos.

Essa, pelo menos, é uma visão não só dos administradores das universidades, mas dos próprios construtores. A superintendente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Patrícia Coelho, diz que há pelo menos seis anos, o mercado da construção civil do município vive em constante ebulição. Prova disso, são os investimentos que a construtora da qual administra tem feito na cidade, para diferentes públicos, com construções incorporadas.

Ou seja, condomínios para pessoas de poder aquisitivo mais alto e de nível médio estão sendo feitos. Antes, a empresa investia em construções fora do Estado, principalmente no setor público, a exemplo de conjuntos habitacionais, mas por conta de uma necessidade que se apresenta dentro do município juazeirense, as atenções estão voltadas para cá. “São inúmeros fatores, não só as universidades, mas redes de supermercados, Delegacia da Polícia Federal, antes posto avançado, desenvolvimento do setor da saúde, além da demanda de vôos crescentes”, exemplifica. Ela ressalta a necessidade também de maior organização do setor da construção civil. São inúmeras construtoras que ainda atuam de forma irregular no município, que aos poucos estão buscando se adequar.

Mudança de perfil

O presidente da Associação dos Construtores do Cariri (ACC) Marcelino Emídio Maciel, concorda com a mudança do perfil imobiliário, em Juazeiro do Norte, atribuída ao fator desenvolvimento em vários setores da economia na cidade e, especialmente, às universidades. A sua grande preocupação está relacionada a alta dos preços dos terrenos, com a especulação imobiliária em alta. “Isso, de certa forma, acaba inviabilizando construções para pessoas de menos poder aquisitivo, que vão para as periferias da cidade”, diz, ao associar o crescimento acelerado a uma cidade em que as coisas acontecem precocemente. Para Jaime Romeiro, é um momento de transformação. E traz uma calma para os que um dia pretendem ter a sua moradia em áreas privilegiadas da cidade: “as coisas um dia vão voltar à normalidade, ao equilíbrio”, completa.

Porém, o município que se adaptou durante décadas ao turismo religioso, tem que se render a uma nova vocação. Ser moradia também para estudantes e professores ligados ao Ensino Superior. Mas, na realidade, os estudantes ainda sentem dificuldade de se instalar na cidade, por conta da adequação das moradias ao perfil dos universitários. Um deles é o estudante de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará (UFC), campus do Cariri, D´Alessandro Gaspar. Depois que chegou de Juiz de Fora (MG), para se instalar na terra romeira, se encontrou, segundo ele, com a vocação religiosa até nas moradias da cidade.

O estudante afirma que foi difícil encontrar um novo local para se instalar em Juazeiro do Norte. Os preços, tendo como referencial o seu local de origem, Juiz de Fora, cidade com mais de 100 mil universitários, são bem reduzidos. Em contrapartida, as moradias estão adaptadas para visitantes que passam pouco tempo na cidade. “São casas com telhado ou forros, sem maior segurança. Isso acontece em muitas que procurei no Centro da cidade”, diz ele, ao ressaltar a sua necessidade atual para conseguir um novo local para morar. “Infelizmente, as casas ainda estão preparadas para romeiros, e não para universitários”. 



ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste
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